Olá! / ¡Hola!

Isto é apenas a primeira tentativa para começar a preencher os espaços desta página ou blog. O seu início efetivo só ocorrerá a partir de fevereiro de 2025, quando as aulas forem retomadas. Além dos artigos e novidades próprios deste tipo de publicações, aqui também serão analisados, geralmente em castelhano, os fragmentos mais problemáticos das traduções trabalhadas nas aulas.

Até lá, Bom Natal e boas férias!


A Pedra de Rosetta

Piedra de Rosetta [imagen manipulada]

A Pedra de Rosetta é um dos artefactos mais importantes para a história da tradução, da arqueologia e da linguística, sendo a chave que permitiu decifrar os hieróglifos egípcios e, dessa forma, abrir as portas dos textos encriptados de uma civilização fundamental para a história de Ocidente. Descoberta em 1799 por soldados franceses durante as campanhas militares de Napoleão no Egito, a pedra foi encontrada perto da cidade de Rosetta (hoje Rashid) e rapidamente se tornou um objeto de grande interesse científico. A Pedra de Rosetta é uma laje de granito, com cerca de 114 cm de altura e 72 cm de largura, que apresenta um texto inscrito em três códigos: hieróglifos egípcios, escrita demótica e grego antigo.

O texto epigráfico é um decreto emitido em 196 a.C. em homenagem ao faraó Ptolomeu V, e as três versões do texto têm o mesmo conteúdo, o que foi crucial para a decifração. O grego, sendo uma língua conhecida, permitiu que os filólogos do momento comparassem os outros símbolos e identificassem os sons e significados dos hieróglifos. A pedra foi enviada para Londres em 1802, onde permanece até hoje no Museu Britânico.

O trabalho de decifração da Pedra de Rosetta foi realizado principalmente por Jean-François Champollion, que, em 1822, anunciou a sua descoberta de que os hieróglifos cumpriam, em grande parte, a função de símbolos fonéticos, em vez de apenas logogramas, como se pensava anteriormente. Champollion usou a comparação entre os três sistemas de escrita para identificar sons e estabelecer correspondências entre os hieróglifos e as letras do alfabeto grego. Essa descoberta abriu as portas para a compreensão da língua e da cultura egípcias antigas, que tinham permanecido, em grande parte, inacessíveis durante séculos.

Tabela de J.-F. Champollion (1822) com a equivalência entre caracteres hieroglíficos, demóticos e coptas.

A importância da Pedra de Rosetta vai além de sua função como um objeto de tradução. Simboliza um lugar de encontro da história, da linguística e da arqueologia. Com a decifração dos hieróglifos, abrem-se à compreensão os textos egípcios antigos (administrativos, literários, religiosos…) que possibilitaram uma visão mais completa da civilização egípcia. Atualmente, a Pedra de Rosetta é reconhecida não apenas como um marco na história da tradução, mas também como um ícone cultural que representa a procura da compreensão do passado da Humanidade.

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